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A agricultura e a comunicação

Há uns doze anos, como jornalista especializada em agricultura, quase um ET na época, escrevi um artigo intitulado “Os Desafios da Agricultura Brasileira”, que foi publicado no Suplemento Agrícola do jornal O Estado de S. Paulo. No artigo, falava do potencial agrícola do Brasil, do quanto gerava de empregos, representava para o nosso PIB e do quanto poderia crescer a produção de alimentos no Brasil se adotadas algumas medidas tecnológicas simples.

Mais de uma década depois, as commodities agrícolas passaram por momentos de crise e valorização (fase em que se encontram novamente , por sinal), a nossa agricultura evoluiu, seus números cresceram e contribuíram para o barateamento dos alimentos. Mas o agricultor, esse profissional que contribue com as exportações e a economia do País, continua pouco conhecido por parte do “grande público”, envolvido em mitos ou associado a notícias ruins, como desmatamentos.


A jornalista, devidamente equipada, prepara-se para uma reportagem sobre apicultura

A própria ciência e tecnologia agrícolas, apesar da seriedade e dos excelentes resultados de instituições como Embrapa, Instituto Agronômico (IAC) e Iapar, tem seus feitos, imagem – e dificuldades – pouco conhecidos.

É aí que entra a comunicação.

A agricultura precisa se tornar mais atraente, por exemplo, aos jovens, seja para cativá-los para trabalhar no setor, seja para que eles compreendam sua importância, enxergá-la não como um vilão dos problemas ambientais. O campo precisa de novos talentos, diversidade de pensamentos, para continuar crescendo de forma sustentável. Lugares-comuns `a parte, a idéia é ter novas cabeças pensantes, contribuindo com a produção de alimentos, fibras e energia sem prejudicar o meio ambiente.


Nesta área, o campo muitas vezes é a redação e o carro, a mesa do repórter

Por quê não fazer mais e melhor uso das mídias sociais para que se conheça onde existe  trabalho do agricultor? No churrasco, na cerveja, na sola do sapato, no papel, no tanque do carro, por exemplo.

Por quê não conversar mais com diversos setores da sociedade, unir-se `as ONGs ambientais em prol do desenvolvimento de projetos que preservem o solo e a água, por exemplo, valiosíssimos para a sociedade e para o agricultor, sem os quais ele não produz?

Por quê não abrir as porteiras da fazenda ou os portões das fábricas de insumos e produtos como suco de laranja, às escolas?

Por quê não disseminar entre outros agricultores e estudantes a prática do plantio direto, que protege e conserva o solo?


Após a entrevista, pausa para a foto com o simpático produtor de limões de Taquaritinga (SP)

São idéias como esta que gostaria de discutir aqui. É a idéia de contribuir com um setor fundamental para o desenvolvimento do nosso país que me motivou a investir na Crível Comunicação.

Nota: As fotos desta matéria são do talentoso agro-fotógrafo Delfim Martins/Pulsar Imagens.

6 Respostas para “A agricultura e a comunicação”

  1. Renato Gonçalves disse:

    Parabéns pelo site!

  2. Luciano Santana disse:

    Muito Legal Cris, belo trabalho. Parabéns!!

  3. Douglas de Oliveira Ribeiro disse:

    Cris, seu trabalho reflete a pessoa maravilhosa que você é, suas paixões e seu comprometimento com a verdade. Há 10 anos atrás foi um prazer trabalhar com você e, hoje, é uma honra tê-la como amiga. Parabéns por seu excelente trabalho!

  4. Adriana B Netto disse:

    Oi Cris parabéns pelo site e o profissionalismo que demonstra!Sucesso nessa nova etapa da sua carreira!

Respostas para Cristina Rappa